A saída da agricultura de subsistência é mais do que simplesmente aumentar a produção. Os agricultores enfrentam muitos obstáculos que precisam ser apoiados, e as mulheres agricultoras, em particular, muitas vezes enfrentam sérias barreiras para o progresso.
As actividades no mês de Setembro no Clube dos Agricultores em todo o país demonstram os elementos mais amplos que, juntos, apoiam e capacitam as mulheres agricultoras a quebrar as barreiras.
Alfabetização, prevenção de doenças, comercialização de produtos e diversificação econômica estão entre os destaques deste mês. O Dia Mundial da Alfabetização na dia 8 de Setembro focou a atenção na importância das habilidades de alfabetização entre os agricultores. O dia foi comemorado na Quibala, Cuanza Sul, com o lançamento oficial do projecto de Empoderamento Econômico das Mulheres na província, reunindo autoridades municipais da educação, agricultura e bancária. Em Malanje, o Administrador Municipal, Director da Agricultura, Director Municipal da Educação, autoridades tradicionais e religiosas, representantes do IPA, FAS e ADRA e parceiros sociais juntaram-se os alfabizadores e alfabetizandos e celebraram a alfabetização como um meio de empoderar não só as mulheres, mas também os homens e as comunidades.
Os Clube de Agricultores Luanda realizou uma campanha de testes da malária em colaboração com o Ministério da Saúde no Centro de Saúde de Cabiri. Reduzir a incidência de todas as doenças evitáveis melhora a qualidade de vida das pessoas. Para as agricultoras, também significa menos tempo despendido no cuidado de membros da família doentes e mais tempo disponível para a produção e venda agrícola.
A produção e venda agrícola são obviamente componentes essenciais nos Clubes de Agricultores. Os productores do Clubes de Agricultoras Cuanza Norte expuseram seus produtos na 4ª edição da Expo Cuanza Norte em Ndalatando, junto com representantes de todos os municípios da província, grandes e médias empresas, productores e outros. A exposição de productos em feiras agrícolas ajuda a conectar os agricultores aos compradores. O Clube de Agricultores Lóvua, na Lunda Norte, que ajuda refugiados e agricultores locais a desenvolverem a horticultura para consumo próprio e para venda em feiras, está em plena actividade com o cultivo e colheita de pepino, cenoura e muitos outros vegetais.
No outro extremo do país, na Bibala, província do Namibe, os primeiros feijões da temporada foram colhidos por membros das Escolas de Campo. Apesar da falta de água, a obra não para.