Através de uma parceria público-privada, a USAID está a trabalhar com a ExxonMobil, Azule Energy e o Grupo Simples para aumentar as oportunidades económicas para as mulheres rurais em Angola, permitindo que elas participem plenamente na economia como cidadãs ativas. Com foco nas mulheres agricultoras de pequena escala em áreas rurais, muitas das quais enfrentam barreiras económicas e culturais, o projecto ajuda as participantes a obter as ferramentas básicas necessárias para aceder ao emprego, à educação, facilitar o acesso a empréstimos e à propriedade. Isso inclui fornecer conhecimentos e competências sobre como assegurar os direitos à terra, melhorar as competências de literacia, aumentar a produtividade agrícola e desenvolver redes para abordar a violência baseada no género.
O projecto Mulheres na Agricultura em Angola é implementado pela Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP), em estreita colaboração com os Ministérios da Acção Social, Educação, Agricultura e Justiça e Direitos Humanos do Governo de Angola. Abrangendo 10 províncias, nomeadamente Malanje, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Luanda, Huíla, Namibe, Benguela, Huambo, Bié e Cuando Cubango, este projecto é apoiado pelo Fundo de Acção para a Igualdade e Equidade de Género da USAID, criado para promover a segurança económica para mulheres e raparigas, aumentando o seu acesso a recursos, serviços e oportunidades de liderança e abordando as barreiras que limitam a sua capacidade de participar plenamente na economia.
ACTIVIDADES
● Formação para mulheres agricultoras em técnicas de agricultura de conservação para aumentar a produção agrícola;
● Formação em literacia através dos Clubes de Agricultores;
● Formação na metodologia de Delimitação Participativa de Terras (PLD), facilitada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO);
● Prestação de assistência técnica sobre PLD às autoridades provinciais e municipais;
● Estabelecimento de 113 Clubes de Agricultores, prestando assistência técnica em gestão e finanças;
● Assistência às mulheres nos processos de registo para obter cartões de identificação (BI) e certidões de nascimento para os seus filhos;
● Estabelecimento de redes de Defensoras das Mulheres em 120 comunidades, compostas por mulheres e homens, para promover um ambiente favorável ao empoderamento das mulheres;
● Desenvolvimento de programas de rádio sobre questões de género para promover melhor o empoderamento das mulheres.
CONQUISTAS ATÉ AGORA
● 6.000 mulheres agricultoras melhoraram as técnicas agrícolas e declararam um aumento significativo na geração de rendimento familiar;
● 6.000 mulheres agricultoras de pequena escala aumentaram a sua área de cultivo de 0,9 hectares para 2,5 hectares de terra;
● 6.000 agricultoras de pequena escala estão agora a cultivar colectivamente 14.800 hectares de terra;
● 12.205 membros dos Clubes de Agricultores estão inscritos e participam no programa de alfabetização;
● 4.346 mulheres agricultoras concluíram o equivalente à 4.ª classe e tornaram-se alfabetizadas funcionalmente;
● 108 comunidades foram mobilizadas e organizadas para realizar o processo de formalização para obter títulos de terra;
● 2.320 agricultores foram formados sobre os direitos à terra, ajudando as suas comunidades a compreender melhor os seus direitos;
● 11.724 mulheres agricultoras obtiveram documentos de registo oficial, incluindo certidões de nascimento e Bilhetes de Identidade (BIs). Estas mulheres, por sua vez, mobilizaram 5.070 vizinhos e membros da comunidade para obter documentos legais;
● 647 homens e mulheres foram formados como mentores sobre a prevenção da violência baseada no género nas suas comunidades;
● 80.325 pessoas foram alcançadas através dos programas de rádio comunitária das Defensoras das Mulheres;
● 116 comunidades beneficiaram de campanhas de sensibilização sobre mensagens-chave de saúde, incluindo saúde reprodutiva, água, saneamento e nutrição.